Poemas

Jubileu 2025 | Poemas

Cântico da Esperança

Não peça eu nuncapara me ver livre de perigos,mas coragem para afrontá-los. Não queira euque se apaguem as minhas dores,mas que saiba dominá-lasno meu coração. Não procure eu amigosno campo da batalha da vida,mas ter forças dentro de mim. Não deseje eu ansiosamenteser salvo,mas ter esperançapara conquistar pacientementea minha liberdade. Não seja eu tão cobarde,

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Testamento

Enterrem-me no rio,Perto de uma garça branca.O resto já será meu.E aquela correnteza francaQue eu, passando, pedia,Será pátria recuperada.O êxito do fracasso.A graça da chegada.A sombra-em-cruz da vidaSob este sol de verdadeTem a exata medidaDa paz de um homem morto…E o tempo é eternidadeE toda a rota é porto! D. Pedro Casaldáliga, bispo de São

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À Espera do Amado

Disse-me baixinho:— Meu amor, olha-me nos olhos.Ralhei-lhe, duramente, e disse-lhe:— Vai-te embora.Mas ele não foi.Chegou ao pé de mim e agarrou-me as mãos…Eu disse-lhe:— Deixa-me.Mas ele não deixou. Encostou a cara ao meu ouvido.Afastei-me um pouco,fiquei a olhá-lo e disse-lhe:— Não tens vergonha? Nem se moveu.Os seus lábios roçaram a minha face.Estremeci e disse-lhe:— Como

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Semeador!

Saiu o Semeador a semearAbraços sem braços…Saudades sem laços… Saiu carregado na dor,Era semente a semear… Tempo de fruto coroado,Arado em Terra lavradaNos hortos floridosDe pétalas esquecidas. Ficou o Semeador a semearPregado na sementeiraDa raiz do amor… (Catarina Gonçalves)

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Requiem por Mim

Aproxima-se o fim.E tenho pena de acabar assim,Em vez de natureza consumada,Ruína humana.Inválido do corpoE tolhido da alma.Morto em todos os órgãos e sentidos.Longo foi o caminho e desmedidosOs sonhos que nele tive.Mas ninguém viveContra as leis do destino.E o destino não quisQue eu me cumprisse como porfiei,E caísse de pé, num desafio.Rio feliz a

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