iubilaeum

Jubileu do ano 2025

Docta spes

Pacientemente, [eu] tentei explicar-lhe que, muito embora não trouxesse o sol na lapela, era, contudo, um homem de esperança. Só que essa esperança passava pela lucidez, o que significava não ser cúmplice dos meus desejos nem tomar por Juno nuvens que sabia verdadeiras. (Miguel Torga)

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Requiem por Mim

Aproxima-se o fim.E tenho pena de acabar assim,Em vez de natureza consumada,Ruína humana.Inválido do corpoE tolhido da alma.Morto em todos os órgãos e sentidos.Longo foi o caminho e desmedidosOs sonhos que nele tive.Mas ninguém viveContra as leis do destino.E o destino não quisQue eu me cumprisse como porfiei,E caísse de pé, num desafio.Rio feliz a

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Esperança

Quando a tempestade passare se amassem os caminhose formos sobreviventesde um naufrágio coletivo. Com o coração chorosoe o destino abençoadosentir-nos-emos felizessó por estarmos vivos. E daremos um abraçoao primeiro desconhecidoe louvaremos a sortede manter um amigo. E então lembraremostudo aquilo que perdemose de uma vez só aprenderemostudo o que não aprendemos. Deixaremos de ser invejososporque

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Esperança

“Esperança” é a coisa com plumas —Que na alma se aninha —Seu canto não tem palavras —Sempre a mesma — ladainha — Soa bem — na ventania —E só a forte tormenta —Há de calar a PassarinhaQue a tantos acalenta — Ouvi-a na terra mais fria —E no estranho Mar sem fim —Mas — nem

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Ave da esperança

Passo a noite a sonhar o amanhecer.Sou a ave da esperança.Pássaro triste que na luz do solAquece as alegrias do futuro,O tempo que há-de vir sem este muroDe silêncio e negruraA cercá-lo de medo e de espessuraMaciça e tumular;O tempo que há-de vir – esse desejoCom asas, primavera e liberdade;Tempo que ninguém há-deCorromperCom palavras de

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