Santas Mártires de Compiégne, Teresa de Santo Agostinho e suas Quinze Companheiras

O Papa Francisco aprovou, hoje, o decreto de canonização da Bem-Aventurada Teresa de Santo Agostinho e suas 15 Companheiras Carmelitas Descalças, martirizadas a 17 de julho de 1974, vítimas da Revolução Francesa, por ódio à fé.

A partir de hoje podem ser invocadas como santas, estendendo-se assim o seu culto a toda a Igreja.

Com a eclosão da Revolução, os membros do Comitê de Saúde Pública local foram ao mosteiro de Compiégne para impelir as Carmelitas a abandonar a Vida Religiosa. Elas recusaram-se e, quando – entre junho e setembro de 1792 – os episódios de violência aumentaram, seguindo a inspiração da prioresa, Irmã Teresa de Santo Agostinho, todas se ofereceram ao Senhor como um sacrifício para que a Igreja e a nação encontrassem a paz.

Expulsas do mosteiro, separadas e vestidas com roupas civis, continuaram a sua vida de oração e penitência, embora divididas em quatro grupos em várias partes de Compiègne, mas unidas por correspondência, sob a direção da superiora. Denunciadas e descobertas, a 24 de junho de 1794, foram transferidas para Paris e encarceradas na prisão de Conciergerie.

E também ali se revelaram exemplares.

Depois de celebrarem a festa de Nossa Senhora do Carmo na prisão, com cânticos e hinos de júbilo, as dezasseis Carmelitas foram condenadas à morte pelo tribunal revolucionário por, entre outros motivos, «fanatismo» devido à sua fervorosa devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria.
Enquanto eram conduzidas ao cadafalso em duas carroças, cantaram os Salmos e, ao chegarem ao pé da guilhotina, entoaram o Veni Creator Spiritus, renovando os seus votos nas mãos da sua prioresa, uma após outra.

Depois de guilhotinadas, os seus corpos foram enterrados numa vala comum, junto com os de outros condenados, no local que se tornou o atual cemitério de Picpus, onde uma placa recorda seu martírio.

No dia seguinte ao martírio instaurou-se a paz em França!

O seu martírio foi popularizado por uma novela de G. Bernanos, «Diálogo de Carmelitas» e, sequentemente, por uma ópera com o mesmo nome (Francis Polenc) e um filme (R. L. Bruckberger e Ph. Agostini).