Esperança frente ao medo

Para que o milénio que está à porta possa ser testemunha de um novo auge do espírito humano, favorecido por uma autêntica cultura da liberdade, a humanidade deve aprender a vencer o medo. Devemos aprender a não ter medo, recuperando um espírito de esperança e confiança. A esperança não é um otimismo vão, ditado pela confiança ingénua de que o futuro é necessariamente melhor que o passado. Esperança e confiança são a premissa de uma atuação responsável, e têm o seu apoio no íntimo santuário da consciência, onde o ser humano está a sós com Deus, e por isso mesmo intui que não está só entre os enigmas da existência, porque está acompanhado pelo amor do Criador.

(Discurso à ONU, 5.10.1995)