Hoje é o verdadeiro Dia do Senhor!
Hoje é a festa das festas!
O Senhor Jesus Cristo está vivo! Ressuscitou!
Ele tudo suplantou, tudo suportou por nosso amor, tornando-nos, assim, peregrinos de esperança; constituindo-se, assim, na razão da nossa esperança.
Ei-lo vivo. De novo, junto do Pai. Esta é a boa notícia que nos encontramos a celebrar e a receber neste dia – tal é o Evangelho que temos de anunciar!
Renovemos a nossa disposição esperançosa de testemunhar a alegria de Cristo vivo, a alegria de saber que não estamos enganados, a certeza de que existe um sentido de esperança para a vida. Sim, temos de anunciar a Boa Notícia ao mundo sem esperança e cheio de enganos,
A Ressurreição é o resumo de tudo, o grande anúncio, a esperança certa, a alegre notícia que temos para dar ao mundo. Se nos perguntarem: «Como é que sabes? Como é que tens a certeza da Ressurreição?», respondamos: eu vi; isto é, eu percebi os sinais, e o abrir-me a essa realidade transformou-me; transformou a vida daquelas Santas Mulheres que, cheias de esperança, foram pressurosas ao sepulcro de Jesus, tal como transformou a vida de muitos outros que testemunharam a Ressurreição.
Não provamos a Ressurreição com teorias, mas com factos. E o grande facto que possuímos é este: a vida daquelas mulheres e a vida dos discípulos de Jesus transformou-se pela fé na ressurreição de Jesus. Mesmo sem esperança, a Igreja veio da noite para a luz; e os apóstolos deram disso testemunho, quando necessário, com a própria vida!
Grande facto!
Eles que antes estavam tristes, sem perceber, confusos, com medo por dentro e por fora, a esconder-se e a fugir, foram tendo encontros com o Ressuscitado e estes encontros transformaram-lhes a desesperança e o temor.
Eles que antes não tinham esperança, ao Terceiro Dia acreditaram. Eles que não entendiam, ao Terceiro Dia, perceberam. Eles que não tinham coragem, estavam assustados e com medo, ao Terceiro Dia passaram a ter toda a coragem do mundo; o que não conseguiam explicar, ao Terceiro Dia o Espírito veio falar por eles; não sabiam o que fazer, e ao Terceiro Dia foram constituídos em comunidade de fé, de esperança e de missão
P. Vasco Nuno Costa (Excerto duma homilia de Páscoa)


