Não devemos perder a esperança da nossa salvação

Apenas uma indulgência anulou todas as dívidas. No entanto, fica o conflito com a carne, porque a iniquidade foi apagada, mas a debilidade permanece. Continua presente e seduz com o prazer da concupiscência ilícita. Luta, resiste, não dês consentimento e então acaba por cumprir-se o não vás atrás das tuas concupiscências. Mesmo que elas arrebatem e usurpem para si os olhos, os ouvidos, a língua e o pensamento volúvel, nem assim devemos perder a esperança da nossa salvação. Por isso dizemos todos os dias: Perdoa-nos as nossas dívidas[1]. A justiça da lei cumpre-se em nós – diz o Apóstolo.

Santo Agostinho, Sermão 155,9


[1]             Mt 6, 12.