Em sua integridade, e não como que em apêndice, o Cristianismo é escatologia; é esperança, olhar e orientação voltados para frente, e é também, por isso mesmo, abertura e transformação do presente. O escatológico não é algo situado ao lado do cristianismo, mas constitui, simplesmente, o centro da fé cristã, o tom com que harmoniza tudo nela, a cor de aurora de um novo dia esperado, cor com que, aqui em baixo, tudo se acha banhado… Uma teologia autêntica deveria ser concebida, portanto, a partir de sua meta no futuro. A escatologia deveria ser não o ponto final da teologia, mas seu começo.
(Moltmann, Teologia da Esperança)