Em contexto de sinodalidade e no decurso doutros passos similares, reuniram-se, hoje, na Domus Carmeli, os Três Conselhos da Província dos Carmelitas Descalços – o Conselho Pronvincial (dos frades), o Conselho da Associação Nossa Senhora de Fátima (Carmelos, irmãs) e o Conselho Nacional dos Seculares (leigos).
A reunião decorreu em três momentos, dois de manhã e um à tarde, para além dos momentos celebrativos e de convívio.
Na primeira reunião apresentaram-se as realidades das nossas presenças locais. Os frades estamos em seis presenças (Avessadas, Braga, Fátima, Funchal, Porto e Viana do Castelo), somos trinta frades clérigos, um não clérigo, um em formação e um noviço. A associação das irmãs é composta por sete carmelos (Aveiro, Braga, Coimbra, Crato, Faro, Fátima e Guarda), num total de 81 irmãs, onze das quais em formação). Os seculares são mais de quatrocentos e repartem-se por vinte e uma presenças: quatorze no continente e sete na Madeira; no continente estão em Aveiro, Avessadas, Braga, Coimbra, Fátima 1, Fátima 2, Fundão, Lisboa, Tavira, Terrugem, Paço de Arcos, Paços de Ferreira, Porto e Viana do Castelo. Na ilha da Madeira, por sua vez, existem sete fraternidades (Bom Jesus, Nossa Senhora do Bom Sucesso, Santa Cecília, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora da Graça, Nossa Senhora dos Remédios, São Sebastião).

Sobre a dinâmica do triénio dos frades, o Padre Provincial, Vasco Nuno, disse que depois de termos vivido um ano pastoral sob o lema “nutrir a fraternidade, partir para a apostolicidade”, nos encontrávamos vivendo agora um novo ano pastoral: “não caminhamos sós, caminho sinodal com os irmãos seculares e outros grupos laicais”. E que o terceiro ano seria dedicado aos jovens.
Ao apresentar a Associação dos Carmelos a irmã Margarida do Menino Jesus fez o histórico da constituição da Associação, sublinhou também os seus desafios, alegrias, trabalhos e dificuldades; relevou, por fim, as vantagens de se terem reunido em associação, como sejam uma melhor articulação entre carmelos e a interajuda na formação a vários níveis.

A Presidente dos Carmelitas Seculares, Isabela Neves, apresentou também o seu conselho, as dinâmicas do seu ano pastoral (dois retiros nos tempos fortes; um encontro de formação, um encontro nacional e um encontro de assistentes espirituais) e sublinhou que, juntos, como família, somos muito mais fortes e mais valentes como peregrinos.
A terceira reunião trazia uma pergunta: o que é que o Carmelo português diz hoje ao mundo e à igreja? E as respostas foram várias (e não constam aqui todas):
1. Não estamos vazios, somos morada de Deus.
2. Para amar só temos o dia de hoje.
3. Somos família de frades, irmãs e leigos que se ajudam na amizade e oração, que cultivam a interioridade e a experiência da oração.
4. Somos amigos de Jesus Cristo.
Ao concluir o encontro, os seculares fizeram dele a melhor síntese: “porque somos humildes, pequeninos, vivemos no escondimento e não fazemos ruído, somos um carisma optimista e com futuro”. Aleluia! Assim seja.

Terminada esta intensa jornada de irmãos e irmãs que se apoiam, rezam juntos e unidos, sentimos a um só sentir, que só faz sentido caminhar juntos – é assim que, olhando, Santa Teresa e São João da Cruz nos querem ver caminhar.
No término da reunião deu ainda para recordar que nos voltaremos a juntar, mas muitos mais que hoje; será em Avessadas, no jubileu da Família Carmelita, no próximo dia 10 de junho.
E por último – sinal de que o Espírito é livre e sopra – surgiu a ideia de preparar, tão cedo quanto possível, um Cantoral Carmelita.

E despedimo-nos, por fim, com uma certeza: saímos mais ricos e mais conhecedores sobre quem somos; e outra certeza mais: assim rezaremos bem melhor uns pelos outros.
Amen.