Depois de cinco dias, concluiu-se esta manhã, no Pontificio Ateneo Sant’Anselmo, em Roma, um curso de formação para os Responsáveis pelas Celebrações Litúrgicas Episcopais.
Com data do passado dia 26 de fevereiro, o Papa dirigiu aos participantes uma mensagem salientando que «cada diocese olha para o bispo e para a [respectiva] catedral como modelos celebrativos a imitar», pelo que exorta os membros do clero a «propor e a encorajar um estilo litúrgico que exprima o que Jesus seguiu, evitando pompas ou protagonismos inúteis». Nesse sentido, acrescentou «convido-vos a exercer o vosso ministério com discrição, sem vos vangloriardes dos resultados do vosso serviço».
Esta foi a primeira mensagem assinado pelo papa Francisco desde que está internado no Hospital Gemelli, em Roma, por causa de uma pneumonia bilateral.
Ao reflectir sobre a relação entre a sabedoria divina e a humana, o Santo Padre citou a nossa mãe Santa Teresa de Jesus, dizendo: «em todas as vossas tarefas, não esqueçais que o cuidado da liturgia é, antes de mais, cuidado da oração, isto é, do encontro com o Senhor. Ao proclamar Santa Teresa de Jesus Doutora da Igreja, São Paulo VI definiu a sua experiência mística como um amor que se torna luz e sabedoria: sabedoria das coisas divinas e das coisas humanas (cf. Homilia de 27 de setembro de 1970). Que esta grande mestra da vida espiritual vos sirva de exemplo: de facto, preparar e orientar as celebrações litúrgicas significa conjugar a sabedoria divina e a sabedoria humana. A primeira adquire-se rezando, meditando, contemplando; a segunda provém do estudo, do empenho em aprofundar, da capacidade de escuta». A mensagem termina, como sempre com as seguintes palavras: «Não se esqueçam de rezar por mim».