Depois de, com alegria, termos celebrado, neste domingo, a Solenidade de Pentecostes, quando Jesus enviou o Espírito Santo prometido, para nos conferir os seus dons, tirar-nos o medo e iluminar-nos as mentes rumo à missão;
Depois de, na segunda-feira, havermos celebrado a memória de Santa Maria, Mãe da Igreja, que gerou a Cristo e se tornou Mãe de todos os seus discípulos;
Eis que, depois de tudo, a família dos carmelitas descalços, em «todos os seus raminhos» – palavras do Padre Provincial – nos reunimos todos, todos, todos aos pés do Menino Jesus, em Avessadas, no seu Santuário jubilar. De facto, peregrinámos para ali todos os frades, todos os leigos, todas as irmãs.

Pelas 10:00, já os sacerdotes presidíamos, cada um em seu confessionário, à alegria do sacramento da reconciliação. Pelas 11:00, uma longa procissão, atravessou os pórticos do Santuário cantando as Ladainhas dos Santos. Logo depois, nomeando-nos duas vezes, o Padre Provincial saudou todas as comunidades, todas as fraternidades, todos os GOT, todos os devotos do Escapulário, todos, todos, os grandes e os pequeninos. Acto seguido o Presidente dos Seculares, em nome destes, saudou também todos os presentes. E as Irmãs fizeram-se ouvir no momento da acção de graças, pela voz do P. Joaquim Teixeira, Delegado Provincial para as Irmãs Carmelitas, que leu uma mensagem em nome da Associação dos Carmelos.

Na sua homilia, o Padre Provincial, disse: «Onde há amor e fraternidade, há Deus dado, gerado e trocado entre nós! Sim, se amamos, se vamos aperfeiçoando as nossas palavras doces e as nossas relações de irmãos, então, nós O semeamos, O geramos, O situamos no meio de nós e dos outros, como Fonte perene do nossos amor». Mais adiante, continuou: «Celebrar um jubileu é tender à santidade. É esquecer o que está para trás e lançar-se para diante, com o desejo de alcançar a meta. Jubileu é tensão de coração, de alma, de vida que nos lança em busca do Senhor, que nos dinamiza por dentro e nos faz desejar possuí-l’O cada vez mais. Jubileu é aspirar ao melhor, ao mais evangélico, ao mais santo, ao mais perfeito. Significa não se contentar com a mediocridades, com meias medidas, com águas mornas, com vida fácil, rotineira». Por fim concluiu: «Irmãs e Irmãos caríssimos: Hoje é jubileu em nossos corações, porque sabemos que Deus nunca desiste de nós, seus amados filhos e filhas; não porque sejamos bonitos ou cheios de méritos, mas porque nos ama sem condições!

É jubileu, façamos jubileu!
Obrigado pela vossa peregrinação com Jesus e a Virgem Maria!
Obrigado pela vossa presença!
Obrigado por me terdes trazido até aqui!
Que o Divino Menino Jesus, a cuja casa quisemos peregrinar, neste dia, nos abençoe e nos determine a segui-l’O com alegria e júbilo!…».
Por fim, depois da partilha da mesa, regressámos ao Santuário para ouvir os acordes e as vozes do grupo Cantarias, de Rio de Moinhos, Penafiel e, finalmente, antes de regressarmos a casa, mirámos olhos nos olhos o Senhor Exposto que nos olhou em Sua misericórdia e nos abençoou o coração.
Antes de concluirmos aquela estada no Monte Tabor, o Padre Leal apresentou-nos Pedro, Tiago e João – na realidade chamam-se Luís, Sandro e Rafael –, achegados ao Aspirantado da Ordem, provindos de Fátima, Fundão e Alverca.
E assim é o nosso Jubileu de Esperança!