Memória a 25 de Setembro
Josefa Naval nasceu em Algemesi, na diocese de Valência, Espanha, a 11 de Dezembro de 1820. Desde a adolescência se consagrou, para sempre, ao Senhor. Percorreu o caminho da oração e da perfeição evangélica numa vida simples e de ardente caridade. Dedicou-se com generosidade às obras de apostolado no ambiente da sua comunidade paroquial. Fez da sua casa uma escola de oração e de virtudes evangélicas, onde se formaram muitas jovens e mulheres na sabedoria humana e espiritual.
Acorria todos os dias à igreja, para a celebração da eucaristia, tratando também com carinho os paramentos e os altares. Recordando a palavra de Cristo que nos mandou ser luz para iluminar a todos, procurava todas as oportunidades para falar de Deus. Em sua casa organizava reuniões para as mães, ajudando-as na formação familiar e cristã. Encaminhava para a virtude, as mulheres que se tinham distanciado do caminho recto. Admoestava com prudência a todos os pecadores. No entanto, as suas primeiras preocupações relacionavam-se com a educação humana e religiosa das jovens; para elas abriu, mais tarde, uma escola gratuita de bordados, trabalho no qual era muito entendida. Aquela escola transformou-se num centro de convívio fraterno, de oração e louvor a Deus onde era explicada e aprofundada a Sagrada Escritura e as verdades eternas. Josefa Naval cultivava com fervor a vida interior, a oração, a meditação e a fortaleza nos trabalhos da vida. Era grande a sua devoção à Eucaristia, à Virgem Maria e aos Santos.
Foi beatificada por João Paulo II, em 1988.
Qual foi, podemos perguntar, o segredo, o mistério e a força interior que levou Josefa Naval aos cumes da santidade? Josefa era membro da Ordem Terceira dos Carmelitas Descalços, agora chamada Ordem Secular. A Ordem Carmelita, como família de Maria, agrupa ao redor de Nossa Senhora do Monte Carmelo, inúmeros filhos: uns vivem a sua vocação no claustro do convento, os frades e as freiras; outros vivem em outras congregações de religiosas e religiosos que se alimentam na espiritualidade carmelitana; outros ainda, constituem uma numerosa multidão de homens e mulheres, rapazes e raparigas que, fazendo no mundo a sua vida normal e nele permanecendo, se alimentam e vivem a vida carmelita, unidos a esta família. São também eles Carmelitas e constituem parte integrante da Ordem. Estes laços são distintos. Vão desde a amizade, passando pelo uso do Escapulário, até chegar aos Carmelitas Seculares que se empenham a viver os conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência, segundo o seu estado de vida.
Josefa Naval era uma Carmelita Secular, e como tal sentia-se verdadeira carmelita, um membro vivo da Ordem Secular dos Carmelitas. No conhecimento de Santa Teresa de Jesus e de S. João da Cruz e no seguimento da Virgem do Carmo bebeu o segredo da sua santidade. Tornou-se, por isso, a primeira flor amadurecida e reconhecida como santa na Ordem Secular do Carmo, fundada por Santa Teresa e S. João da Cruz.
Morreu piedosamente no Senhor a 24 de Fevereiro de 1893. O seu corpo conserva-se na igreja Paroquial de S. Jaime que ela serviu com muita dedicação, carinho e esmero.
É grande a popularidade que goza na sua diocese, manifesta no grande número de fiéis que recorrem à intercessão da «senhora Pepa» como era conhecida na sua paróquia.
O seu processo de canonização encontra-se adiantado, pois são muitas as graças que os seus devotos têm recebido por sua intercessão.