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Dia 24 Novembro, Quinta-feira
Memória de S. André Dung-Lac e seus Companheiros,
Mártires do Vietname
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A manhã acordou sorridente em Viana do Castelo.
Teresinha acordou a tempo de cantar Laudes às 9h00.
A manhã seguiu leda com as gentes de Viana passando
demoradamente diante do Relicário. Passaram muitos
grupos entre eles o Carmelo Secular. |
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Às 12h00 o Pe. Agostinho Leal, leal e fiel escudeiro
da Santita, presidiu à eucaristia e falou como
poucos falam dela (ou não fosse ele quem é). E
disse: «Muitos gostariam de ouvir o que ouvis e não
ouvem; muitos gostariam de ver o que vedes e não
vêm! Mas vós ouvis e vedes! É uma grande graça estar
junto das relíquias de Santa Teresinha do Menino
Jesus! É uma grande graça ouvir a sua mensagem»!
«Desde os onze anos Teresinha teve consciência da
sua união a Jesus. União a que ela, desde a Primeira
Comunhão, chama fusão. Para nós, cristãos de hoje,
amigos e devotos de Santa Teresinha é um desafio
ímpar vivermos esta fusão com Jesus, esta união.
Santa Teresinha pode ensinar-nos a nos unirmos mais
a Jesus: aprendamos dela». «Aprendamos dela o que
ela um dia disse: ‘Para amar só tenho o dia de
hoje’! Não é tão importante assim o que amámos
ontem, nem tão importante o que amaremos amanhã.
Isso sim, é importante o que amamos hoje. Hoje é que
Jesus precisa de ser amado». E concluiu: «Amemos com
amor activo, que o amor jamais esmorece ou pára.
Aqui e no céu amemos sempre. Aprendamos com Santa
Teresinha e digamos convictos de que assim será:
‘Passarei o meu céu a fazer bem à terra.».
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Chegou a hora da despedida. É sempre a mais dolorosa. O
bispo diocesano presidiu ao rito de despedida dizendo: «Eu
te agradeço, Santa Teresinha, por pertencer ao grupo
daqueles que te puderam receber na sua igreja. Eu te dou
graças, Senhor, pelas pétalas que derramaste nesta diocese
através das mãos de Santa Teresinha. E nós, todos nós,
procuremos rever a qualidade de encontro com o Senhor.
Procuremos esvaziar-nos, pois o Senhor só actua em nós
quando estamos vazios. Santa Teresinha, que agora nos deixa,
depositou em nós palavras de esperança e de confiança.
Convido-vos a todos a cantar aleluias com Santa Teresinha».
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Às 15h00 o bispo diocesano, D. José Pedreira, presidiu a uma
solene e muito concorrida procissão pelas ruas da linda
Viana, que levou o Relicário da Sé para o Carmelo de São
João Baptista e Santa Teresinha. Uma vez aqui chegados quase
só entraram o relicário, o Ordinário e os sacerdotes pois a
capelinha é imensamente pequenina. Quem desejava ver e
venerar Teresinha regressou pelo caminho por onde antes
cantara e rezara o terço, pois logo de seguida se fecharam
as portas para que Teresinha descansasse na doce solidão do
Carmelo que em Portugal leva o seu nome.
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Às 21h00 a Comunidade dos Padres Carmelitas do Seminário
Carmelitano Missionário foram buscar Teresinha. O Prior do
Carmo, Pe Fernando Sá Reis, na presença do Rev Pároco de
Monserrate, presidiu ao Rito de Despedida, não sem antes ter
interrompido a doce solidão em que as Carmelitas facilmente
se deixam embrenhar (porque é doce e é de Deus).
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Quando vinham a caminho da Igreja do Carmo os sacerdotes do
Seminário dos Padres Espiritanos saíram ao caminho e as
Relíquias pararam. E era justo que assim fosse: quase todos
são velhinhos que ali residem descansando das cansativas
correrias de quem gastou o melhor das suas vidas e energias
dedicando-as às missões. Então, não lhes estava passando à
porta quem tanto por eles rezara?, quem tanto os amara? Quem
tanto os animara? Poderiam eles esquecer-se dela, a sua
padroeira e defensora? Não. Não podiam. Nem ousadia alguma,
por maior e mais ignara que fosse, impediria que eles ali
venerassem Teresinha. Assim, a carrinha parou e os velhos
missionários puderam saudar a sua sempre jovem Teresinha, a
sua rainha.
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E que diz um coração enamorado (ainda que cansado) a outro
coração enamorado? Que diz? Diz o que eles disseram: —
«Obrigado, muito obrigado»!
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Quando as Relíquias chegaram ao Carmo uma pequena multidão
juntou-se à outra pequena multidão e deram vivas por tão
santa presença no jardim do Carmo plantado à beira-Lima.
Havia dizem ainda os espantados testemunhos, mais gente fora
que dentro da igreja. Depois seguiu-se o protocolo habitual:
Rito de Acolhimento e Veneração.
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A noite concluiu com uma oração do Terço cantado e uma
original vigília preparada e orientada de modo muito
cuidado, interessante e atraente, pelo grupo juvenil Vitis
Florigera do Movimento Carmo Jovem.