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Passo a Passo

 
Santa Teresinha
do Menino Jesus

Site Oficial da visita das Relíquias da
Santa Teresinha do Menino Jesus a Portugal

   
 

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PASSO A PASSO

Dia 14 de Dezembro, Quarta-feira
Solenidade de São João da Cruz,
Pai espiritual do Carmo e de Santa Teresinha

» No Funchal a noite nem foi noite nem foi longa. Uma luz especial saiu continuamente pelas janelas e portas do Carmo. Hoje é dia de São João da Cruz, poeta e doutor do amor, homem celestial e divino, pai de Santa Teresinha em cujo peito arde incansavelmente uma chama de amor. Arde em João da Cruz e em Teresinha. Porque o pai a passou à filha. Por isso ardeu o Carmo toda esta noite. E no Carmo da Madeira, diante de Santa Teresinha, se aqueceram vários grupos e movimentos apostólicos.

» Às 06h30 celebrou-se Missa comunitária presidida pelo Superior Conventual, Frei Manuel Dias, que salientou alguns momentos especiais da biografia da Santa e chamou à atenção para o «amor que todos devemos ter a Santa Teresinha». Organizou-se, no final da Eucaristia, uma procissão de trasladação para a Sé a que presidiu o Pe. Manuel Dias acompanhado por mais três sacerdotes Carmelitas. Chegada à Sé Teresinha teve dificuldade para entrar: a Sé estava cheia! Aliás, julga-se que entrou porque era esperada e desejada. Não se iniciou logo a passagem diante do Relicário, pois se celebrou Eucaristia presidida pelo Pároco da Sé, Cón. Manuel Martins e concelebrada por mais seis Carmelitas. Pregou o Pe. Alpoim Portugal, ocd. E embora lhe pareça ter pregado muito (mais de 30 minutos!) os fiéis não o entenderam assim, «porque falar de Teresinha (ou ouvir falar dela) nunca é demais!». «Apesar dos tempos difíceis em que vivemos, confiai!, disse o pregador. Confiai sempre! Confiai e rezai, como Santa Teresinha. Ela ensinou que com o ponto de apoio que é Deus e a alavanca da oração nós podemos levantar o mundo, tal como o fizeram os grandes santos. No mundo há descrenças e dúvidas, incertezas e dificuldades, asneiras e dores, injustiças e perseguições. Mas nós, amigos de Teresinha, homens e mulheres de oração, podemos levantar o mundo! Acreditai, confiai e amai como Santa Teresinha!»

» Depois da Eucaristia seguiu-se um momento de veneração para os presentes. Foi breve e nem poderia ter durado mais. Logo veio uma avalanche de escolas e colégios, filas enormes de crianças e adolescentes, professores e funcionários escolares para venerar a Santa do Amor.

» Apesar de tudo, não durou muito este tempo. Às 10h45 iniciou-se uma Volta à Ilha, num périplo que levou Teresinha a todos os Arciprestados. Partiu primeiro para o Arciprestado de São Vicente, no topo norte, para a Igreja Paroquial de Ponta Delgada.

» Ali, pelas 11h30, esperavam-na quatro sacerdotes: o Pe. Humberto, pároco, os seus dois coadjutores e o Pe. Afonso, de Porto Moniz, representando este Arciprestado e Concelho. A esta recepção uniram-se também as autoridades civis, senhores Presidentes da Câmara e da Junta de Freguesia, as Confrarias e bombeiros. Teresinha foi recebida solenemente por uma nuvem de crianças de todas as idades, e meninos dos infantários e das escolas, e crianças do lar da Terceira Idade. Terá ficado alguém em casa?, julga-se que não. E muitos se deslocaram desde Porto Moniz em vários autocarros, e assim compuseram aquela linda nuvem de alegria e flores que se derramou sobre a Santa Missionária.

» Do adro, Teresinha foi levada em ombros pelos bombeiros de São Vicente para o interior da igreja. Cantaram-se cânticos e deitaram-se flores. Não se sabe quem mais se esforçou, se os que cantavam se os que deitavam flores. O Frei Manuel Dias, Prior do Carmo de Funchal, presidiu ao Rito de Acolhimento e seguiu-se uma breve homilia em que animou as pessoas a viver a centralidade de Cristo na vida cristã, porque Jesus é amor. Quem ama reza e quem reza é um missionário fecundo onde quer que viva, ame ou reze.

» A presença de Teresinha nesta Comunidade Paroquial, centro espiritual de referência na Ilha — onde mora o Senhor Bom Jesus — durou uma hora e quinze minutos tão intensamente vividos como se neles estivessem concentrados meses de veneração e amor à Santa das rosas.

» Às 13h30, Teresinha chegou à Igreja Paroquial da Vila da Calheta. Recebeu-a grandíssimo número de pessoas vindas de todos os lugares concelhios. Encontravam-se também o Rev. Pároco, Pe. Paulo Ramos, o Arcipreste e outros dois sacerdotes, vários movimentos apostólicos e muitas crianças da catequese e das escolas. Estavam ainda presentes, o senhor Presidente da Câmara Municipal e os bombeiros locais. A Câmara Municipal disponibilizou os seus autocarros que percorreram o concelho e trouxeram os amigos de Teresinha até ela. Organizou-se depois a procissão pelo adro da igreja com a Cruz paroquial e o incenso. Havia muitas flores, no coração e nas mãos das pessoas. Havia também no relicário e caindo desde as janelas da igreja sobre Teresinha e a assembleia. A Flor Teresinha está feliz, tem muitas flores a recebê-la e muitas crianças seguindo os seus passos. Como são belos os passos das flores em botão!

» No interior do templo o Frei Manuel Dias presidiu ao Rito do Acolhimento e organizou a veneração. Muitos foram os que passaram e deixaram flores, penas, orações e lágrimas junto de Teresinha. Ela tudo ouviu e acolheu. Os mais sensibilizados por presença tão santa quiseram ficar com recordações da sua vida e espiritualidade levando para suas casas livros espirituais e a sua autobiografia. Diga-se, porém, que ficaram com pouco porque os de Ponta Delgada já tinham arrebatado quase tudo. Mas assim como há mais marés que marinheiros, assim...

» A despedida foi calorosa. Não estivera a carrinha tão perto e Teresinha teria ficado retida ali. A sua Visita durou pouco mais duma hora, o suficiente para que a memória jamais esqueça. Sendo certo que as suas relíquias não podiam ficar, ficará a sua veneranda memória e o desejo dos seus devotos em imitar o seu amor a Jesus.

» Continuou a maratona. O séquito de Teresinha prontamente se fez à estrada dirigindo-se para Ribeira Brava. O percurso é breve, nenhum dos pajens de Teresinha conseguiu tempo para almoçar, porque o amor tudo suplanta! Chegaram ali às 15h15, era cedo. A receber estava o Pároco de Ribeira Brava, Pe. Bernardino, e os vigários paroquiais de Serra de Água, São João, São Paulo; e também o Pe. Avelino Macedo, da Paróquia de Campanário. Vieram ainda mais sacerdotes, mas o cronista que não é da Ilha não os soube identificar. Teresinha adiantou-se e chegou cedo de mais, mesmo assim tudo se organizou pelo melhor e entrou na Igreja Paroquial ao som de cânticos que foram abafados pelas palmas. Teresinha foi levada pelos Discípulos do Mestre, revestidos das suas insígnias, e cujo amor à Santa do Menino Jesus não é menor que o dispensado ao Mestre.

» O rito de Acolhimento e a veneração prolongaram-se por uma hora intensamente vivida. Após esta Teresinha regressou à estrada.

» Esperavam-na em Câmara de Lobos, onde chegou às 17h30. Numerosa multidão se concentrou no Largo da Capela de Nossa Senhora da Conceição. O Rev. Pároco acolheu Teresinha, tendo a seu lado três sacerdotes Carmelitas e os diáconos condutores. Com o Pároco estavam ainda a Venerável Ordem Terceira do Carmo de Câmara de Lobos e a do Estreito, a Confraria de São Francisco, as Confrarias do Santíssimo das sete paróquias do Arciprestado, os Ministros extraordinários da Comunhão, acólitos e movimentos apostólicos, muitas crianças, jovens e até os universitários devidamente trajados. Quem olhou e viu transmitiu e o cronista ficou com a impressão que no Largo da Capela havia mais gente esperando que os peixes na rede de São Pedro quando se deu a pesca milagrosa!

» Organizou-se uma longa procissão em que todos exibiam uma rosa na mão, porque ninguém queria esconder ou guardar apenas no coração o amor que tem a Teresinha. Teresinha foi aos ombros dos bombeiros enquanto uma Banda executava lindos hinos. Depois de escutada a Palavra de Deus e antes da veneração das Relíquias, o Pe. Agostinho Leal explicou o conteúdo material do relicário e o sentido cristão da veneração das relíquias. Depois procedeu-se à veneração que foi orientada pelo Pe. Alpoim Portugal, ocd. Às 19h00 celebrou-se a Eucaristia, presidida pelo Pe. Agostinho Leal, concelebrada pelos diáconos e por mais sete sacerdotes. No fim da Eucaristia houve tempo ainda para concluir a veneração. Finda esta Teresinha regressou ao Carmo Funchal. Era noite. De luz.

» No Carmo, às 20h30, estavam cheios o coro e a igreja. Era uma outra multidão como jamais por aqui se vira. Mas como era Teresinha que ia entrar lá se abriu uma brechazita. Mas foi coisa difícil. Não bastando os devotos que a Santa tem na cidade vieram os de alguns lugares, em especial os da freguesia de Canhas que no seu território alberga um solene monumento dedicado a Teresinha, construído por uma jamais esquecida Carmelita Secular. A Escola de Expressão Dramática executou um lindo concerto orientado pela maestrina Zélia. Mas deve aqui ser dito que o concerto começou atrasado, porque ninguém, nem os cantores, conseguiu furar por entre a multidão! E só entraram porque Teresinha entrou primeiro abrindo-lhes passagem. Cantaram a Avé Maria de Schubert, um hino a Santa Cecília, três peças de Natal, a última das quais cantada por todos os presentes por ser muito conhecida na região; terminaram cantando o Canticorum Jubilo. Ao longo do concerto várias vezes se pediu bis, e os cantores bisaram com agrado. No final os jovens artistas foram largamente ovacionados. Era, certamente, o efeito da presença de Santa Teresinha, e também o mérito artístico e o acto de contrição por antes os terem impedido de entrar no início.

» A noite ainda era criança. Seguir-se-ão, noite dentro, várias vigílias. Virão rezar a CIRP, as Equipas Jovens de Nossa Senhora, os jovens católicos madeirenses, a Ordem Secular do Carmo e vários outros.

» Não se julgue que por se encontrar em casa, Teresinha esteja mais descansada. Não está. O amor nunca está inactivo, além disso hoje é dia de São João da Cruz, seu pai. Teresinha tem ainda de dar um beijinho ao seu papá e há-de dá-lo. Esta noite, há-de ainda com ele cantar matinas no Céu.

» Passaram hoje, dia 14 de Dezembro, 78 anos da sua proclamação como co-Padroeira das missões.
 

    
 

 

 
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