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Passo a Passo

 
Santa Teresinha
do Menino Jesus

Site Oficial da visita das Relíquias da
Santa Teresinha do Menino Jesus a Portugal

   
 

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PASSO A PASSO

Dia 10 Dezembro, Sábado

» Às seis, ainda de noite, Teresinha estava na capela de Cristo Redentor e a porta aberta. E quando a porta se abriu à Berta, naturalmente já havia pessoas às espera. Rezou-se de seguida o terço. Seguiu-se, calmamente, a veneração dos fiéis.
 

» Às 8h30 D. António Marcelino presidiu a uma solene Eucaristia, concelebraram quinze sacerdotes, entre religiosos e diocesanos. Na sua alocução o bispo referiu: «A dimensão missionária é própria de cada Carmelo, tanto do de Lisieux como do de Aveiro. O Carmelo nunca é uma casa fechada que empobrece o coração dum filho de Deus ou mutila os horizontes da sua fé. Teresa não saiu do convento, mas foi tão missionária como Francisco Xavier, porque não se poupou a todos os esforços, para que todos os missionários tivessem alegria na sua decisão de ir mundo além, ardor para pregar e testemunhar o amor que salva.»

» Às 10h00 as relíquias chegaram de novo à Sé de Aveiro, onde ficaram até às 16h00. Durante este período ali peregrinaram, vindos de paróquias várias, as crianças da catequese, os jovens e os escuteiros, as escolas e as comunidades religiosas. Às 15h30 houve celebração de Vésperas, após o que se organizou uma solene procissão em direcção à Igreja do Carmo da cidade.

» A procissão de mais de hora e meia percorreu várias ruas da cidade, passou pela Câmara Municipal, Ponte Praça, Largo da Apresentação, Igreja paroquial da Vera Cruz e chegou à Igreja do Carmo. Foi acompanhada por escuteiros dos agrupamentos da cidade e diocese, pelas Irmandades, Ordens Terceiras, acólitos, diáconos, vários sacerdotes, Bispo e fiéis. No trajecto da paróquia da Glória levou o relicário a Irmandade dos Passos da Glória; a Irmandade dos Passos da Vera Cruz levou na sua paróquia e no trajecto do Carmo levou o grupo Paris Carmeli, constituído por sete jovens matrimónios revestidos das suas insígnias inspiradas na espiritualidade de S. Teresinha, sua padroeira.

» À chegada à Igreja do Carmo Teresinha foi recebida com palmas e pétalas no adro da mesma. Havia gente a mais para espaço que se fez tão diminuto. Muito ficaram na via pública, e a banda da Quinta do Picado retirou-se. A confraria de Nossa Senhora do Carmo introduziu o relicário no adro e os religiosos da Comunidade do Carmo depuseram-na numa linda e histórica eça. Depois retiraram cuidadosamente todas as flores do relicário e limparam o acrílico. Foram mimos silenciosos para Teresinha. Cada um dos três frades é que sabe o significado do seu gesto. Depois o Prior da Comunidade saudou a veneranda visita com estas palavras: «[Teresinha, esta casa é de silêncio. Escuta em silêncio o que vou dizer-te:] Sê bem-vinda, Teresinha!
Desde há muito tempo, mesmo antes nasceres, esta casa é tua! Não vou pedir-te que te sintas bem. Nós é que nos sentimos bem por estarmos em tua casa.
Vou fazer-te três pedidos. Ouve-os. Ouve-os bem, Teresinha. Reza-os connosco a Jesus e ao Pai. Precisamos muito que, nesta tarde, sejas a nossa mensageira.
Primeiro pedido. É do Frei Rui. Teresinha, o Frei Rui pede-te vocações. Diz a Jesus que precisamos de mais carmelitas. Nós não queremos que Aveiro fique sem coração. Nós queremos amar Aveiro com um coração como o teu e o de Jesus! Manda-nos uma chuva de gente assim. Ouvis-te o que o Frei Rui te pediu? Ouviste bem? Eu sei que sim.

Segundo pedido. É do Frei Silvino. O Frei Silvino pede que rezes e conserves as nossas vocações. Tu, Teresinha, nasceste para rezar pelos sacerdotes. Reza por nós. Reza pela nossa Província. Reza pelos consagrados e consagradas de Aveiro. Reza pelo nosso bispo. Reza pelos sacerdotes da nossa diocese. Conserva a nossa vocação. Conserva as nossas vocações religiosas, sacerdotais e laicais.

Ouviste o que o Frei Silvino te pediu? Ouviste bem? Eu sei que sim.
Terceiro pedido. É o meu. O meu pedido são as três rosas que cada frade deste convento do Carmo te vai oferecer. Sabes, Teresinha, um
frade tem guardado no coração um mundo de pessoas. Eu sei que tu sabes o que é ter o mundo no coração. Por isso, recebe estas rosas. Dá-lhes um beijinho e concede-nos de Jesus os milagres que precisamos. Se os fizeste noutros lugares, porque não os farás aqui? Ouvis-te o que cada um te pediu? Ouviste bem? Eu sei que sim.
Obrigado, Teresinha. Estamos muito felizes por nos teres convidado para tua casa.»

» Seguidamente, e ainda em silêncio, aproximaram-se três Teresas, cada uma com uma rosa que ofereceu a cada um dos frades para a depor no relicário. Mais uma vez cada um venerou em silêncio e tudo guardou no silêncio. O Frei Rui, porém, ou não soube ou não pôde esconder a emoção e chorou.

» Depois da incensação e de rezada a ladainha de Santa Teresinha abriram-se as portas da igreja, até ali fechadas. E foi em silêncio que Teresinha entrou em primeiro lugar levada mais pelo coração que pelas forças e mãos da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo.

» Seguidamente saudaram-na os doentes da Comunidade, os carmelitas seculares também a saudaram com a oração do terço, e, às 18h30 D. António Marcelino presidiu à Eucaristia. Dirigindo-se a uma assembleia que quase fez rebentar o templo pelas costuras, o Bispo disse: «Teresa do Menino Jesus pode ensinar-nos os caminhos novos do Espírito. Os santos, criaturas como nós com graças e limitações, porque na sua frágil humanidade foram experientes de Deus, podem falar-nos dessa sua experiência, pois que também ela está ao nosso alcance. Com Teresa do Menino Jesus democratizou-se a santidade, pois se tornou capacidade de todos e dever de todos.»

» Depois da Eucaristia seguiram-se várias vigílias (sempre de lotação esgotadíssima): as Paróquias de Veiros (Estarreja) e de Moita e Monsarros (Anadia), as crianças, os jovens, os jovens Carmelitas Estudantes de Teologia da Península Ibérica (Salamanca). Às 00h00, o Pe. Silvino Filipe presidiu à Eucaristia que foi concelebrada pelo Pe. Vítor Espadilha e pelo Pe. Fernando Silva. Na sua homilia referiu que: «assim como apareceu um homem enviado por Deus chamado João, assim também apareceu uma mulher enviada por Deus chamada Teresa, Teresa do Menino Jesus. Ambos apareceram para dar testemunho da luz e para nos recordar que todos nascemos para dar testemunho da luz, daquela que ninguém pode ocultar.»

» Seguidamente organizou-se uma procissão que percorreu os claustros do Novo Convento entre palmas e cânticos. E já que ainda havia tempo e estava previsto seguiu-se um breve momento de oração preparado pelo grupo de adoração Na Mão do Pai.

» A presença de Teresinha concluiu-se na Capela de São João da Cruz a segunda que lhe foi dedicada em Portugal e a única existente. A pequena capela foi pequena para todos, mas não o foi para conter a nossa alegria e o nosso júbilo. Aqui o Pe. Vítor Espadilha ouviu terceira vez o pedido de que numa das suas comunidades erga uma capelinha a São João da Cruz, como já o fez a santa Teresinha. Anadia é o concelho que mais filhos deu ao Carmo, por isso é justo que ali desponte um templo dedicado ao Santo e poeta do Amor. Aliás, por que razão julgará o Padre que foi ali parar?

» Já passava das duas horas quando os Irmãos dos Passos e uma religiosa das Auxiliadoras da Caridade retiraram o Relicário da capela e o depuseram na carrinha. Era o alvorecer do dia 11 de Dezembro, aniversário da restauração da Diocese de Aveiro.

» A carrinha arrancou a grande pressa, levada pela Brigada de Trânsito. Acompanhou-a até ao Aeroporto da Portela o Prior do Carmo. A viagem decorreu serena e em paz. As cidades dormiam e jamais alguém suspeitou o que só as estrelas testemunharam que cá muito em baixo, uma Santa percorria as estradas de Portugal.
 

    
 

 

 
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