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Dia 01 Dezembro, quinta-feira
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Às 7.30h, frei Francisco OCarm. presidiu à
Eucaristia. No final impôs o Escapulário do Carmo a
todos os Bombeiros e procedeu à bênção das rosas.
Depois de ter visto tanta alegria e amor à Virgem
Maria Teresinha saiu satisfeita em direcção à Sé
Nova de Bragança. Vai ser hora e meia de viagem, por
uma fria estrada cheia de curvas e contracurvas. A
aproximação à civilização brigantina apresentou uma
estrada melhor, mas nem assim se cuide que o desafio
que está a ser esta a Volta a Portugal em Cinquenta
Dias ficou mais facilitado. |
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A chegada à Sé de Bragança foi às 11h00. Diante dum
imponente escadório apresentou-se o senhor Bispo,
todos os senhores Cónegos, Muitos sacerdotes, os
seminaristas e muito povo. Sem pestanejar os
seminaristas levaram Teresinha escadaria acima, e
provaram de que são feitos os transmontanos daquela
terra: são de fibra rija que aguenta bem 132 kg
subindo escadas, quantas e quaisquer que sejam. E
subiriam mais se mais houvesse, como certamente
haverá quando se concluir a dita.
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A Sé estava lindamente decorada. As flores que a decoram e
as rosas que mais tarde o Bispo e os sacerdotes oferecerão a
Teresinha foram oferecidas pelas Teresas de Bragança! Depois
do rito do Acolhimento seguiu-se a veneração realizada por
Arciprestados.
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Às 14h30 celebrou-se um solene pontifical com todo o Cabido
e sacerdotes. A Catedral encheu como nunca. Conta o cronista
local que a Sé Nova enche três vezes no ano: Domingo de
Ramos, Festa do Corpo de Deus e em dia de Ordenações. Este
ano encheu extraordinariamente, a quarta vez e a maior de
todas. O Bispo e os sacerdotes entraram com uma rosa na mão
que depuseram no Relicário.
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No final da Eucaristia, depois da bênção das rosas, o Bispo
e os sacerdotes saíram da Catedral acompanhando o Relicário.
A chuva era intensa, mas a chuva não molha a devoção. Por
isso, D. António Montes desafiou a chuva e foi até à
carrinha que transporta o Relicário e fez questão que a sua
rosa segui-se com Teresinha. E naquela rosa ia o amor dum
bispo e nele todo o duma diocese!
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Às 16h00 Teresinha abandonou a Sé de Bragança. Saía
atrasada, mas o amor nunca se atrasa nem o que espera nem o
que vai ao encontro. O nevoeiro era intensíssimo e
assustador e a chuva implacável. Mas jamais o condutor temeu
ou ousou parar a carrinha, porque ia lá dentro quem sabe de
amor e confiança e já nada teme. Agostinho, porque haverias
de temer ou tremer se Teresinha ia um pouco atrás de ti
calma e sossegada? Não te deste conta?
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A chegada a Lamego foi quase pontual, apesar das
dificuldades. D. Jacinto Botelho veio esperar Teresinha à
entrada da sua cidade. E com ele foram o Vigário Geral e o
Delegado Diocesano. Era noite, uma noite densa e fria. A
chuva molhava o corpo mas não a alma. E se o corpo queria
desistir não desistiam as almas, por isso a Sé estava cheia
quando Teresinha entrou.
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Às 18h00 celebrou-se um solene e carinhoso pontifical que
envolveu Teresinha de carinho e ternura e ali ninguém mais
falou de vento frio ou de chuva fria. Às 21h30 o
Secretariado Diocesano das Vocações realizou uma vigília de
oração com a jovem Santa.